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Jornal colaborativo, não-oficial e democrático da República Independente de Laranjeiras
Edição # 13
Me chamo vermelha
Poesia
me chamo Vermelha
a alma encarnada
de tantos desejos
de tantas mancadas
os olhos acesos
o coração apertado
belezas que vejo
escuto o chamado
de longe tão perto
de perto, errada
de tudo que resta
me sinto culpada
diante do espelho
entendo o recado
são meus os defeitos
são meus os pecados
de dia caminho
encaro as roubadas
de noite meu vinho
minha namorada
defendo meu pão
rimando embolada
só na procissão
rezando pro Nada
mas não desanimo
não culpo essa estrada
me chamo Vermelha
a alma encarnada
​
* Sílvia Selva é poeta e nas horas vagas advoga para o Sindicato das Causas Perdidas - seção RJ
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