top of page

Carta à leitora

     Primeiro, um silêncio meio envergonhado. Depois, instalou-se a polêmica na redação da República. Ocorreu após a chegada do quinto capítulo de Mistério na Glicério. Puro sexo e uma saraivada de referências culturais. Pode? Não pode? É de bom gosto? Adequado ao nosso público? Preocupado, mas sem querer melindrar o autor, este editor ligou para Roberto Muggiati. O autor citou um argumento do escritor Norman Mailer, nos anos 60, que revela a contradição de se censurar a literatura. “Matar alguém é crime. Mas contar o assassinato não é. Fazer sexo não é crime. Mas narrar é”. Diante da resposta, o texto... entrou. Está nas páginas 10 e 11. Se for sensível ao tema, é só pular as páginas.

     Também nesta edição: Daniel Aarão Reis desmascara a loucura de Donald Trump. Eduardo Barra revela que em breve irá ser inaugurada a Casa Geyer - mais arte e cultura em Laranjeiras. O arquiteto Mauro Bitar explica afinal quais devem ser os limites da nossa República de Laranjeiras: o Vale do Rio Carioca. Que acaba de ganhar uma bandeira. A linda ilustração de capa desta edição é de Isabel Paranhos, esta incrível artista plástica que, além de ser professora da PUC, trabalha com direção de arte, cenografia, figurino e story board desde 1983. E é cidadã de Laranjeiras, claro. 

Haikai de Nelson Mota.jpeg
Expediente do jornal República.jpeg
bottom of page